"O apetite do público pede mais, e a história de Crepúsculo sempre serve mais", enfatizou o coprodutor de Eclipse Bill Bannerman, ao dar depoimento para o compêndio de quase 150 páginas formatado pelo autor Mark Cotta Vaz, sob o título A saga Crepúsculo: Eclipse - Guia oficial ilustrado do filme. Candidato a encabeçar a lista de best-sellers do The New York Times, no rastro dos guias assemelhados que celebraram Crepúsculo e Lua nova, o misto de livro e revista subsidia, com informações técnicas e muitas imagens, tanto profissionais ligados à indústria cinematográfica quanto os fãs excessivamente afoitos, que integram o grupo dos twilighters, uma legião multiplicada não apenas em blogs, mas onipresente até nos locais utilizados no set das adaptações da tetralogia assinada por Stephenie Meyer. Para se ter ideia, a equipe alega ter visto declarados fãs de Vancouver (Canadá) comparecendo até nas filmagens feitas na Itália.
Autor da publicação que examina os bastidores da famosa empresa Industrial Light & Magic (que serviu à clássica Star Wars), Mark Cotta Vaz, no novo livro, entra em minúcias como explicar a mágica de se haver multiplicado para 8 milhões o número de pelos digitais para cada um dos lobos vistos nas telas. Muito específica, a narrativa traz registros como o uso de três perucas para a composição de Bella (Kristen Stewart), a presença de 700 pessoas envolvidas no andamento do filme e a criação de uma árvore (em alumínio) com 12 metros de altura e revestimento feito com espuma para a decisiva cena na gélida região montanhosa do desfecho.
Na leitura, há a informação de que o lutador de kickboxing Jonathan Eusebio serviu como consultor para os treinos de luta do elenco, depois da participação nos bastidores de Homem de Ferro 2. %u201CAs cenas mais intensas da série são as de ação de Eclipse%u201D, avalia o ator Jackson Rathbone, que responde pela interpretação do vampiro Jasper Hale, alvo de intensas revelações no novo capítulo. O encadeamento da trama, por sinal, surge como prioridade, na declaração mais relevante de Robert Pattinson, o vampiro Edward. "Minha maior esperança é a de que os fãs vejam o quanto os filmes estão conectados e não são só produções aleatórias", sublinha o galã. A visão do produtor Wyck Godfrey corrobora o peso da dinâmica no produto final: "Todos adoramos Eclipse porque é o filme com mais ação e mais viril".
Vermelho
Artifícios como a criação de storyboards para a primeira e movimentada cena do ataque a Riley (Xavier Samuel, dado, à certa altura, como "um general hipster") estão descritos no capítulo Sombras reunidas. Nele, há delimitação para o emprego das cores impressas no filme: tons frios de azul para cercar o clã dos Cullen; o vermelho avançando sobre a representação da nação quileute e paleta terrosa para circundar o universo da pequena cidade de Forks. Diretor do filme, David Slade comparece para explicar o "componente emocional" atrelado ao uso das cores. As gradações novamente entram em pauta, quando o diretor de fotografia Javier Aguirresarobe comenta a aparição, em quadro, dos temidos Volturi: "É uma imagem monocromática, austera e dura, uma imagem que exala medo".
A explicação da mescla entre as cenas realmente captadas no Monte Seymour (ao norte de Vancouver) e as obtidas nos estúdios geram curiosidade, assim como o trecho em que o efeito do "tapete mágico" - para as ágeis cenas de perseguição na floresta - é descrito, com comentários das sucessivas corridas na esteira de 30 metros que era rebocada por um caminhão. Truques como o emprego de sacos de "batata" (na verdade, objetos dimensionados com mais de dois metros para simularem o tronco dos lobos, em cena) fizeram parte das criações do Tippet Studio (de Phil Tippet, um dissidente da chefia da Industrial Light & Magic), associado a Image Engine, empresa que respondeu pelos efeitos de Distrito 9, e em Eclipse, se ateve a quebra-cabeças como o estudo das propriedades dos cristais, a fim de darem base para as cenas em que os membros de alguns vampiros foram partidos, nos trechos de maior violência.
fonte:correiobraziliense
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