Escrevendo de Vancouver, Canadá – é uma fresca manhã de maio no set da “Saga de Crepúsculo: Lua Nova”, e Michael Sheen chega apressado em uma reconstrução bem elaborada de um hall italiano de mármore vestido de Aro, o chefe dos Volturi, um grupo de antigos vampiros malvados que simbolizam justiça no reino do sobrenatural. Vestido em uma capa, usa cabelos longos e pretos, lábios vermelhos e brilhantes e lentes de contato coloridas que dão a ele uma distinta aparência maléfica.
Quando um repórter pergunta se é desconfortável olhar através do olho de um monstro, ele sugere, educadamente e bem ao contrário: “não, eu acho que é mais desconfortável para vocês”.
Sheen parece estar em casa nos estúdios de Vancouver, preenchendo o seu papel de vilão no segundo filme adaptado dos romances de Stephenie Meyer, “Twilight”, com animação sem limites.
Cena após cena, a voz de Sheen desliza ascendentemente enquanto recebe os jovens amantes em suas câmaras, um lugar completamente proibido, o qual abriga um clã digno de ofuscar outros vampiros.
Através de seu personagem, o ator britânico tem demonstrado um raro desejo de se mover entre dois planos cinematográficos diferentes – criticamente aclamados filmes de prestígio e outros nem tão aclamados, mas mais comerciais do gênero imaginário. Ele interpretou o ex Primeiro Ministro da Inglaterra, Tony Blair, num drama histórico de 2006, chamado “A Rainha” (The Queen) e meio-lobo Lucian em dois dos filmes da série “Underworld”.
É um padrão que ele continua a abraçar. Ele atualmente está estrelando um técnico de futebol, Brian Clough, no filme “The Damned United”, e depois de “Lua Nova” ele vai aparecer na ficção científica da Disney, chamada “Trom Legacy”, (O Legado de Trom), e no caro conto de fadas de Tim Burton, “Alice in Wonderland” (Alice no país das maravilhas), ambos marcados para o próximo ano.
“Eu acho que uma boa estória é uma estória, e um bom personagem é um bom personagem”, Sheen disse. “Há coisas que eu fiz, especialmente ‘A Rainha’ e ‘Frost/Nixon’, eles aconteceram de ser no mundo da política. O que me atrai neles é que eles têm estórias interessantes. Não importa se são no mundo da política ou no mundo dos vampiros de Crepúsculo.
Sheen disse que a primeira vez que teve contato com o mundo de Crepúsculo foi através de sua filha, uma leitora devota da série campeã de venda de Meyer. Fã de ficção científica e fantasia, Sheen achou a oportunidade de usar os roupões de Aro particularmente apelativa. “Eu pensei que poderia ser legal interpretar um vampiro ao invés de um lobisomem, ir até o outro lado da trama”, ele disse com um largo sorriso vermelho. “Eu nunca antes interpretei um personagem que se contenta com o próprio mal”.
No intervalo das filmagens para o almoço, o ator, carregando uma cópia de Lua Nova, diz que entende o quão importante é pegar todos os detalhes de seu desempenho direitinho. Ele não quer desapontar a legião de fãs de Meyer.
“As pessoas têm tanto sentimento de paixão pelos livros conforme vejo pela minha filha – não há nada mais amedrontador, em algumas formas, do que a paixão de garotas adolescentes”, ele disse, adicionando que será impossível englobar a visão que todos os leitores têm de Aro. “Eu lembro que minha filha disse, ‘Aro é careca’. Claramente, ele não é, mas é a visão que ela tem dele. Talvez ela esteja pensando em Nosferatu”.
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