Entrevista da 100 Monkeys para a revista Variance

100 Monkeys tem rapidamente ganhado mais e mais sucesso com sua combinação perfeita de funk e rock. Com cada membro da banda podendo tocar todo instrumento no palco, sua performance ao vivo está mudando constantemente e é sempre emocionante.

A banda consiste nos talentosos artistas Jackson Rathbone (que aparece em filmes como “O Último Mestre do Ar” e na saga “Crepúsculo”), Ben Graupner (Trapped in the 5150, Devolved), Jerad Anderson (Wayne/Lauren Film Company), Lawrence Abrams (do grande Willie Bobo, Bob Hope U.S.O tour, e The Artist Consortium), e Ben Johson (da The Stevedores e produtor musical de “Brain” do Spencer Bell).

Eu li sobre seu “100 City Tour”, vocês já terminaram isso?

Graupner: Ainda não terminamos. Há várias cidades as quais ainda não tivemos a chance de ir, então estamos apenas esperando para voltar e terminar isso!

De onde a ideia veio originalmente?

Anderson: ... cem macacos (risos)

Acho que essa seria a resposta óbvia (risos). Eu soube que vocês deram a seus fãs a oportunidade de escolher algumas das cidades para onde vocês iriam?

Graupner: É, foi completamente dirigido pelos fãs. A ideia era ir aonde as pessoas quisessem que nos fossemos, então pedimos que as pessoas fossem no site e votassem em suas cidades. Então colocamos essas cidades em um ranking de um a cem.

Em todos os shows que vocês fazem, vocês improvisam uma música na hora. Como a ideia surgiu originalmente?

Johnson: Acho que isso aconteceu porque nós sempre tocamos juntos, e improvisamos música juntos, e inventamos músicas juntos. Uncle Larry tem um passado no jazz, e Ben e Jackson sempre inventaram músicas na hora. É realmente divertido fazer isso no palco.

Rathbone: É um representante de nossa maneira de escrever, de uma maneira ao vivo. Nós realmente gostamos de poder escrever uma música juntos. Você entra em um ritmo e então desenvolve palavras, e no dia seguinte talvez você saia e grave ou apresente isso. Nós escrevemos “Keep Awake”, e então a apresentamos na mesma noite. Isso tem sido a parte mais importante da nossa música, suponho.

Eu sei que vocês gostam de escrever em uma maneira colaborativa, mas o processo de escrita se desenvolve de uma maneira diferente?

Graupner: Até agora, isso aconteceu em todas as combinações de maneiras diferentes que poderia. Às vezes alguém tem alguma letra que querem mostrar, às vezes um ritmo ou uma estrutura de acordes. Então isso é trabalhado por nós cinco e se torna o que é.

Rathbone: Construindo isso, crescendo, desenvolvendo e se tornando algo diferente. Estamos sempre tentando fazer algo que não fizemos antes.

Graupner: Estamos sempre acrescentando algo às músicas também. Nós estávamos gravando um álbum com alguns amigos do Texas, e surgiu com uma nova melodia de fundo. Essas coisas estão sempre mudando e nós puxamos de tudo e todos.

Quando tocando ao vivo, vocês trocam instrumentos e vocais durante a apresentação. O que vocês diriam que é a motivação por trás disso?

Rathbone: Eu acho que é a mesma coisa que o processo de escrever, a ideia é que nós todos gostamos de tocar todos os instrumentos. Todos nós temos um passado nas variadas formas de arte, e instrumentos diferentes que pegamos no caminho. Acho que as vezes você pode escrever de forma diferente em um piano do que em um violão, sabe, se você ouve uma batida em sua cabeça você pode realmente tocá-la. Acho que isso realmente nos ajuda, como multi-instrumentalistas, a trabalhar uns com os outros, porque nós podemos estar, tipo, “hey, vamos tentar trocar isso”. Nós trocamos instrumentos durante uma música para ver qual a sensação, e então destrocamos, e algumas vezes descobrimos que a troca é melhor para a música. É assim que trabalhamos muitas das nossas músicas, trocando instrumentos constantemente ou simplesmente sabendo o que os outros estão tocando e isso nos mantém conectados sempre que estamos tocando ao vivo.

Que tipo de conselho vocês dariam para novas bandas em termos de se conectar com o público?

Rathbone: Não olhe para o chão (risos). Muitas pessoas vieram para te ver, então olhe para cima. Eu vejo muitas bandas subirem no palco e fazerem isso. Eu entendo que de vez em quando você quer olhar para baixo e ver o que está tocando, ou fechar seus olhos porque está aproveitando o momento. Mas na maior parte do tempo, veja sua audiência, olhe para quem você é tão privilegiado de tocar. Essas são pessoas que pegaram seu dinheiro ganho dificilmente, vieram em uma noite fria, e ficaram em uma fila por não sei quanto tempo. Agora eles estão nesse espaço lotado, olhando você. Só de ter a honra de estar lá em cima, e ouvi-los cantando com você, ou só de eles estarem ali. É a melhor sensação do mundo, então olhe para eles e os aprecie.

Há algum outro tipo de música que vocês tem gostado, além dos clássicos?

Rathbone: Tem um tipo de grupo novo antigo que gostamos recentemente, Sharon Jones and the Dap Kings. Nós ouvimos o CD hoje no ônibus no caminho para o show, quando tivemos um percurso de trinta minutos para o local. Quando chegamos aqui, no entanto, nós estávamos tipo “precisamos de mais dez minutos para os Dap Kings!”... É engraçado porque Ben perguntou “isso é novo? Me diga que isso é novo!”. Foi realmente bom ouvir esse tipo de música ainda sendo produzida com um tom moderno. Isso realmente me lembrou das coisas que me moviam enquanto eu estava crescendo, como o The Temptations e Motown.

Falem um pouco sobre seu novo álbum “Liquid Zoo” e o que ele especificamente traz que seu material anterior não trouxe. Vocês focaram algo específico?

Rathbone: Acho que nós sempre tentamos alcançar algo novo, seja uma nova progressão nos acordes, uma nova tecla, ou um novo ritmo. Nós também tentamos manter os ouvidos abertos para outras bandas com as quais gostamos de tocar ou somente artistas mais antigos ou novos artistas com os quais cruzamos. Eu acho que é aquela coisa, onde você tem que achar algo com o qual você realmente está em sintonia, que te inspira a fazer algo não exatamente como isso, mas do mesmo tipo. Com Liquid Zoo, é como se houvesse todos esses animais diferentes nessas jaulas, como um pouco de reggae, um pouco de pop, um pouco de tímidas batidas country, e rock. Nós realmente gostamos de misturar tudo e ser o mais variado possível. Eu acho que esse álbum foi muito divertido de trabalhar. Tivemos muitos artistas de Baton Rouge que nos ajudaram com a gravação, então isso foi ótimo também. Esse é o próximo passo.

Vocês compuseram recentemente a trilha sonora para o filme “Girlfriend”, vocês podem explicar como abordaram uma tarefa tão grande?

Anderson: Foi algo que decidimos no momento em que nos envolvemos com o projeto, para desafiar a nós mesmos e fazê-lo em um filme. Nós topamos e crescemos muito como músicos. Tínhamos que pensar fora da caixa e sem estrutura por meses. No começo da nossa banda nós não tínhamos nenhuma estrutura de verdade, mas então a formamos, somente para ter que quebrá-la de novo para esse projeto. Foi fascinante e eu acho que nós toparíamos fazer isso novamente.

Com a maior parte da banda estando envolvida em atuar/produzir, como vocês diriam que isso teve impacto nos fãs e músicas?

Rathbone: Bem, é um cruzamento. Eu acho que nós simplesmente somos artistas de todos os tipos. Acho que nós todos perseguimos interesses diferentes, e algumas vezes esses interesses transbordam nos outros. Assim como quando você faz um tour com outra banda na estrada, seus fãs se tornam amigos e começam a gostar das músicas uns dos outros. Essa é a maneira que parece ser com as artes também, é ótimo ver. Ser apoiado por uma casa cheia, seja um cinema ou um bar velho e sujo.

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