O The Film Yap entrevista Tyson Houseman o nosso Quil Ateara:
A maioria dos atores começa sua carreira muito cedo, engrenando um papel atrás de outro e esperando a chance de brilhar. Mas isso não aconteceu com Tyson Houseman, que já em seu primeiro teste conseguiu o papel de Quil Ateara, um dos melhores amigos de Jacob Black em Lua Nova.
Ele agora estrela a sequência Eclipse, que estreia este mês, e Houseman está no topo do mundo. Ele tirou um tempinho para conversar com o The Film Yap, falou sobre seu personagem, sobre o papel dos nativos americanos e que já encontrou pessoas que acreditavam que ele era mesmo um lobo.
The Yap: Olá, Tyson, como está?
TH: Ótimo. E você?
The Yap: Ótima, obrigada. Então, como você entrou para esse fenômeno que é Crepúsculo?
TH: Bem, Lua Nova foi o primeiro filme que fiz e a primeira audição que participei. Lembro de que quando consegui o papel, eu estava procurando por um emprego na internet e encontrei esse anúncio de um teste, e ele nem dizia que era para o Crepúsculo, só dizia “para um grande filme”, eles estavam procurando por um nativo americano entre seus 18-25 anos. Achei que me encaixava nessa descrição e decidi arriscar. Fui até lá, e percebi que era do Crepúsculo por causa da fila enorme e do monte de fãs que usavam as camisas do filme, que estavam com os livros na mão, e pensei “É, provavelmente um dos filmes da Saga Crepúsculo.”
Eu não esperava que fosse assim, mas fiquei lá o dia todo para fazer o teste, e só havia cinco pessoas, e gravei uma cena no final do dia. Na outra semana, eles me ligaram e fiz outro teste, uma semana depois eles me ligaram novamente dizendo que eu tinha conseguido o papel.
The Yap: Você derrotou um monte de gente. Que conquista! Você já fez teatro, não?
TH: Ah, sim. Foram peças na escola, coisas desse tipo.
The Yap: Bem, então você não saiu do nada. Você teve alguma dificuldade para se ajustar com essa fama toda? Você não está participando de um filme independente, mas entrando em uma franquia que virou febre mundial.
TH: Até que não. Foi muito para lidar no começo. Você está certa, é um fenômeno, e foi meio difícil para eu conseguir lidar com isso. Tive que dizer a mim mesmo, “Sim, é uma loucura, mas continuo sendo a mesma pessoa de um ano atrás.” Ainda sou o Tyson, e isso não mudou quem sou. Continuo fiel a mim mesmo. Mas além disso, tive a oportunidade de conhecer ótimas pessoas. Todos os fãs são maravilhosos e apaixonados pela série.
The Yap: Você já teve alguma experiência meio louca? Aquele monte de garotas em cima de você ou pessoas chegando a você nas horas erradas?
TH: Na verdade, houve uma vez, não foi uma experiência louca nem nada, mas houve uma mulher, ela devia ter lá seus 70 ou 80 anos, ela chegou perto de mim e perguntou “Você é o Quil Ateara do Lua Nova?” Foi bem engraçado. Você espera que os fãs tenham 13 anos, algo por aí, mas a saga tem fãs de várias idades.
The Yap: Há uma coisa que eu queria perguntar: Como você acha que os nativos são mostrados pela série? Você acha que é do jeito certo, que eles são respeitados?
TH: Não sei. Gosto do jeito como eles são mostrados. É algo atual e eles são respeitados. Gosto da ideia deles se manterem fieis às tradições e às suas histórias, às ideias de como os lobos surgiram. É bem legal como eles são apresentados. Mas o estilo de vida, tanto nos livros quanto nos filmes, é bem real, e fico feliz por fazer parte disso.
The Yap: Falando agora de seu papel, você começou a marcar presença nos filmes aos pouquinhos. Como isso tem te ajudado?
TH: Sim. Há muitas semelhanças do que aconteceu com o personagem e comigo. Tive apenas um dia de filmagem em Lua Nova, mas fiquei amigo dos meninos porque treinávamos juntos. Foi bem legal. O personagem em si, ele é o último a virar lobisomem, e sempre se sente como se tivesse sido deixado de lado. Eles não conversam tanto com ele. Mas quando ele vira um lobo, ele fica feliz por ter seus amigos de volta. Para mim, eu sempre ouvia as histórias divertidas sobre o Lua Nova e me sentia deixado de lado. E foi legal estar em Eclipse, quando virei lobo eu tive a oportunidade de sair novamente com os meninos. Me senti como o Quil.
The Yap: Ótimo! O seu personagem é um dos melhores amigos do Jacob, acredito que você passou um bom tempo ao lado do Taylor Lautner, e agora ele é… eu não quero dizer um ídolo adolescente. Pensei em símbolo sensual, mas não quero me referir a ele assim.
TH: (risos)
The Yap: (risos) Enfim, isso foi algo que aconteceu com todos ou foi só com ele?
TH: Por ser o mais musculoso de todos nós, acho que isso acontece mais com ele do que com o resto, mas ainda ocorre com a gente. Às vezes me sinto como se tivesse me tornado um símbolo. Há muitas coisas acontecendo na minha vida, e as pessoas não me veem como sou. Elas acham que meu nome é Quil, que sou o personagem, e muitas meninas ficam com medo de mim por acharem que sou um lobo de verdade ou algo parecido. É estranho pensar nisso, que você vira um símbolo por causa de um personagem. Mas está tudo certo. É algo que fazemos pelos fãs, o que vale a pena.
The Yap: Há uma coisa que acontece com seu personagem e também com o de Jacob, aquela coisa toda do imprinting por uma criança. Isso não é algo tão estranho ou assustador como parece. Como você acha que eles estão retratando isso na série?
TH: Acho que eles o fazem muito bem. Há várias maneiras de fazê-lo, deixando o imprinting parecer algo assustador ou que seja mal interpretado. Vivem fazendo brincadeiras comigo sobre como eu amo crianças e coisas desse tipo. Ele é bem explicado no livro, e foi levado da maneira certa ao filme também. A coisa toda do imprinting, você entende bem do que ele se trata, e que não há problema que isso aconteça por uma criança no filme. É maravilhoso.
The Yap: Qual é a pior e melhor parte em estar envolvido em uma franquia?
TH: A melhor parte é a diversão que você tem ao fazê-lo. Todos são amigos e muito legais. Fiquei amigo dos outros meninos da matilha, é legal participar das convenções com eles e sempre nos vemos, nos treinamos juntos e na maioria dos outros filmes você não vê isso acontecer. Mas eu vejo os meninos nas convenções e coisas assim quase todo mês. É realmente bem legal.
The Yap: A pior coisa?
TH: A pior coisa?
The Yap: Ou a mais difícil, se você preferir assim.
TH: Bem, acho que com o número de pessoas que passa a te conhecer, fica difícil conseguir sair para fazer compras.
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