O diretor brasileiro Walter Salles e a atriz norte-americana Kristen Stewart posaram para fotógrafos nesta quarta-feira (23), durante o Festival de Cannes. A dupla está promovendo o filme On The Road, que briga pela Palma de Ouro.
O filme é baseado no romance homônimo do escritor Jack Kerouac e conta as viagens de Sal Paradise e Sean Moriarty pelas estradas dos Estados Unidos e do México. Nele, o cineasta brasileiro mantém a fidelidade ao espírito exuberante da bíblia da geração beat, com um retrato vigoroso da América pós-guerra. Estrelado por Sam Riley, Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen e Alice Braga, o longa teve uma recepção contida na exibição para os críticos, antes da exibição de gala, com direito a tapete vermelho no fim do dia.
Salles, diretor de Central do Brasil (1998) e que já levou a Cannes Diários de Motocicleta (2004) e Linha de Passe (2008), mostra os personagens em meio a bebidas, drogas e mulheres. "É uma história sobre uma amizade quebrada (a de Kerouac e Neal Cassady), mas é também o relato do processo de escrever um livro sobre estes personagens", explicou.
O diretor de 56 anos disse que ficou impactado com a mensagem de Kerouac em um país profundamente conservador enquanto crescia no Brasil. "O que nós estamos retratando no filme tem uma correlação com Diários de Motocicleta, que é sobre o início de um despertar social e político", disse.
Na história, Kerouac, que se batizou de Sal Paradise no romance autobiográfico sobre seus anos errantes no fim dos anos 1940 e início da década seguinte, fica magnetizado por um mulherengo carismático chamado Dean Moriarty, que vive apenas para o presente. Sal pega a estrada com o amigo e, durante os passeios dionisíacos, lê Joyce, Celine e Proust. Ele começa a perceber como a literatura pode nascer da experiência de vida.
Mortensen, que também disse ter sido inspirado pelo livro durante a juventude, interpreta Old Bull Lee - um equivalente ao guru junkie Williams S. Burroughs. O ator de 53 anos afirmou que o filme tentou capturar o sentido revolucionário do livro, enquanto jogava os temas adiante para o mundo do século XXI. "Ler o livro de novo, que foi a primeira coisa que eu fiz, me fez perceber o quanto é pertinente hoje - movimentos de protesto, movimentos de massa com jovens na Europa, na América do Norte, na China, no Oriente Médio. Tudo isto carrega o espírito daquela época", disse.
Para ele, a longa gestação do filme - o cineasta e produtor Francis Ford Coppola comprou os direitos do livro na década de 1970 e viu diversas tentativas frustradas de levar a obra aos cinemas - pode ter sido, de fato, uma questão de sorte. Roman Coppola, um dos filhos do diretor de O Poderoso Chefão, também é produtor do filme e estava presente na entrevista coletiva.
"Agora provavelmente é um grande momento para este filme ser lançado, porque eu acredito que as pessoas que assistirão, não apenas as pessoas mais velhas, pessoas da minha geração, pessoas que vivenciaram isto... mas os jovens descobrirão o livro e se identificarão com ele, eu penso, de uma maneira muito forte", afirmou Viggo Mortensen.
Kristen Stewart, de 22 anos, disse que abraçou a chance de deixar de lado a virginal Bella, personagem da saga Crepúsculo, para interpretar a sexualmente desinibia Marylou, a primeira esposa de Moriarty que vira sua amante após o divórcio. A jovem estrela afirmou que as cenas de nudez e sexo representaram uma oportunidade de testar uma nova imagem com uma personagem convincente.
"Eu amo arriscar, eu amo me assustar. Eu penso que assistir a uma experiência genuína na tela é muito mais interessante", disse. "O motivo pelo qual eu quis este papel, sabe, você lê algo, você é provocada em algum nível e então deve levar isto além, ser capaz de viver isto. E eu sempre quero chegar o mais perto possível da experiência. Desde que você seja sempre honesta, não há nada para se envergonhar", completou.
Com apenas 29 anos, Kerouac escreveu o livro em três semanas em abril de 1951, datilografando de maneira contínua em 36 metros de papel, que ele mesmo cortou e grampeou juntos. Inspirado por uma carta confusa de seu amigo e companheiro de viagem Neal Cassady - que virou Dean no livro - Kerouac decidiu contar a história de seus anos na estrada de uma forma que refletisse a fluidez do improviso do jazz.
O filme é baseado no romance homônimo do escritor Jack Kerouac e conta as viagens de Sal Paradise e Sean Moriarty pelas estradas dos Estados Unidos e do México. Nele, o cineasta brasileiro mantém a fidelidade ao espírito exuberante da bíblia da geração beat, com um retrato vigoroso da América pós-guerra. Estrelado por Sam Riley, Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen e Alice Braga, o longa teve uma recepção contida na exibição para os críticos, antes da exibição de gala, com direito a tapete vermelho no fim do dia.
Salles, diretor de Central do Brasil (1998) e que já levou a Cannes Diários de Motocicleta (2004) e Linha de Passe (2008), mostra os personagens em meio a bebidas, drogas e mulheres. "É uma história sobre uma amizade quebrada (a de Kerouac e Neal Cassady), mas é também o relato do processo de escrever um livro sobre estes personagens", explicou.
O diretor de 56 anos disse que ficou impactado com a mensagem de Kerouac em um país profundamente conservador enquanto crescia no Brasil. "O que nós estamos retratando no filme tem uma correlação com Diários de Motocicleta, que é sobre o início de um despertar social e político", disse.
Na história, Kerouac, que se batizou de Sal Paradise no romance autobiográfico sobre seus anos errantes no fim dos anos 1940 e início da década seguinte, fica magnetizado por um mulherengo carismático chamado Dean Moriarty, que vive apenas para o presente. Sal pega a estrada com o amigo e, durante os passeios dionisíacos, lê Joyce, Celine e Proust. Ele começa a perceber como a literatura pode nascer da experiência de vida.
Mortensen, que também disse ter sido inspirado pelo livro durante a juventude, interpreta Old Bull Lee - um equivalente ao guru junkie Williams S. Burroughs. O ator de 53 anos afirmou que o filme tentou capturar o sentido revolucionário do livro, enquanto jogava os temas adiante para o mundo do século XXI. "Ler o livro de novo, que foi a primeira coisa que eu fiz, me fez perceber o quanto é pertinente hoje - movimentos de protesto, movimentos de massa com jovens na Europa, na América do Norte, na China, no Oriente Médio. Tudo isto carrega o espírito daquela época", disse.
Para ele, a longa gestação do filme - o cineasta e produtor Francis Ford Coppola comprou os direitos do livro na década de 1970 e viu diversas tentativas frustradas de levar a obra aos cinemas - pode ter sido, de fato, uma questão de sorte. Roman Coppola, um dos filhos do diretor de O Poderoso Chefão, também é produtor do filme e estava presente na entrevista coletiva.
"Agora provavelmente é um grande momento para este filme ser lançado, porque eu acredito que as pessoas que assistirão, não apenas as pessoas mais velhas, pessoas da minha geração, pessoas que vivenciaram isto... mas os jovens descobrirão o livro e se identificarão com ele, eu penso, de uma maneira muito forte", afirmou Viggo Mortensen.
Kristen Stewart, de 22 anos, disse que abraçou a chance de deixar de lado a virginal Bella, personagem da saga Crepúsculo, para interpretar a sexualmente desinibia Marylou, a primeira esposa de Moriarty que vira sua amante após o divórcio. A jovem estrela afirmou que as cenas de nudez e sexo representaram uma oportunidade de testar uma nova imagem com uma personagem convincente.
"Eu amo arriscar, eu amo me assustar. Eu penso que assistir a uma experiência genuína na tela é muito mais interessante", disse. "O motivo pelo qual eu quis este papel, sabe, você lê algo, você é provocada em algum nível e então deve levar isto além, ser capaz de viver isto. E eu sempre quero chegar o mais perto possível da experiência. Desde que você seja sempre honesta, não há nada para se envergonhar", completou.
Com apenas 29 anos, Kerouac escreveu o livro em três semanas em abril de 1951, datilografando de maneira contínua em 36 metros de papel, que ele mesmo cortou e grampeou juntos. Inspirado por uma carta confusa de seu amigo e companheiro de viagem Neal Cassady - que virou Dean no livro - Kerouac decidiu contar a história de seus anos na estrada de uma forma que refletisse a fluidez do improviso do jazz.
fonte:terra
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