ÉPOCA - Todos os atores dizem que as cenas de sexo são muito esquisitas de fazer, que tem sempre um monte de gente em volta. Como você e a Kristen se conhecem tão bem, ficou mais fácil?
Pattinson - Na verdade, eu não acho tão estranho fazer cenas de sexo. Você sabe que ninguém vai dizer nada, os diretores não querem passar vergonha, não vão dizer como fazer. Mas é divertido fazer com Kristen, parece meio bobo. Na verdade, fica mais difícil. Quando você não conhece bem a outra pessoa, não vai dizer que ela está fazendo algo bobo, ou brincar o tempo todo. Se você conhece, é mais arriscado (risos).
ÉPOCA - A Kristen Stewart contou que a cena do casamento foi como se ela estivesse vivendo aquilo. Como foi para você?
Pattinson - Meio fácil. Especialmente no começo. Havia tanta expectativa por causa do vestido, paparazzi em todas as partes, que Kristen estava muito estressada. À medida que ela ia andando para o altar, e a câmera se aproximava de mim, eu comecei a ficar nervoso porque vi como ela estava assustada. Então tive de pensar que precisava apoiá-la e agir como se soubesse o que estava fazendo (risos).
ÉPOCA - Com o fim se aproximando, você pensa graças a Deus?
Pattinson - Ainda não sei. Estou trabalhando sem parar desde que terminei. Tive um mês e meio de folga depois de quatro anos. Imagino que, quando o próximo for lançado, vai ser diferente. A série me deixou preso à mesma pessoa que eu era quando tinha 21 anos. E quando terminar, vou ter 27, vai ser uma situação bem diferente.
ÉPOCA - Planeja tirar férias?
Pattinson - Na verdade, não (risos). Acho que não sou muito bom de férias. Fiquei de folga dois meses e li um milhão de roteiros. É que não achei nada, se tivesse, teria encurtado as férias (risos). Eu gosto de estar no set. Fico mais relaxado quando estou trabalhando.
ÉPOCA - Você fez o mesmo personagem em cinco filmes. Acontece muito de oferecerem papéis parecidos com Edward? Não tem medo de ser assim para sempre?
Pattinson - Agora, não tanto. Acho que minha agente nem me manda mais esse tipo de coisa, porque ela sabe que vou ler uma página de algo que parece Crepúsculo e não vou terminar. Então só me manda coisas que são diferentes. Mas tinha medo, sim. Só que logo depois de terminar Amanhecer, fiz Cosmópolis, exatamente o tipo de filme que temia não conseguir. E isso meio que respondeu a meu questionamento (risos). Definitivamente me deu muita confiança de pensar que sempre haverá coisas diferentes, você só precisa trabalhar por elas.
ÉPOCA - Você acha que é essa a direção que quer seguir? Ou gostaria de fazer um filme de ação, por exemplo?
Pattinson - Se for algo legal. Eu sinto que ainda não fiz o filme que realmente quero fazer. Não sei o que é, de que tipo. Mas sei que existe. Espero encontrar em breve (risos).
ÉPOCA - Acha que em seus trabalhos futuros vai evitar papéis em que tenha de ficar sem camisa?
Pattinson - Tenho de mudar de estilo de vida se quiser fazer atuação sem camisa. Mas parece que todo ator no mundo está fazendo uma cena Taylor Lautner. É louco. Em cada um dos filmes há uma cena em que o ator principal mostra seu tanquinho. E eu: “Sério? Você é um cara normal, trabalha numa agência de publicidade?” (risos) Não faz o mínimo sentido, mas é um pré-requisito para os atores agora. Talvez eu devesse ficar bem gordo...
ÉPOCA - Você poderia ser mais desleixado com a aparência se fizesse comédia. Tem vontade de fazer comédia?
Pattinson - Mesmo os comediantes têm tanquinho! (risos) E também fazer comédia é impossível. As pessoas me pedem para fazer o Saturday Night Live como parte da divulgação dos filmes e eu digo: “Não existe possibilidade! Nem em um milhão de anos!”. É muito aterrorizante.
ÉPOCA - Mas você estava engraçado no MTV Awards.
Pattinson - Ah, meu Deus. Eu não disse nem metade da piada, foi horrível. Era engraçado quando eu bolei. Por isso não quero fazer Saturday Night Live. Anotei tudo e me esqueci da primeira página, estraguei tudo.
ÉPOCA - Já sabe o que vai filmar a seguir?
Pattinson - Estou decidindo o que fazer em janeiro. Mas primeiro vou adquirir uma barriga tanquinho (risos).
fonte:revistaepoca
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