Nada de mansões ou da badalação de Beverly Hills. É em uma fazenda que fica a 110 quilômetros de Los Angeles que vive Tai, a mais nova estrela de Hollywood. Aliás, uma grande estrela. Ela roubou a cena em “Água para elefantes”, que estreia no Brasil no fim deste mês.
Olha que a concorrência era grande. Tai contracenou com ninguém menos do que o galã Robert Pattinson, venerado pelos adolescentes como o vampiro da saga “Crepúsculo”, e por Reese Witherspoon, dona de um Oscar.
Na história, inspirada em um best-seller americano, Pattinson faz o papel de um jovem que perde os pais, vira veterinário em um circo e acaba vivendo um triângulo amoroso com Madalene, dona do principal show do picadeiro, uma mulher casada. No meio desse conflito amoroso, a elefanta, de 43 anos, mostra que está longe de ser uma coadjuvante.
Repórteres de várias partes do mundo já tentaram mostrar como vive a nova estrela, mas só o Fantástico conseguiu entrar no centro de treinamento de elefantes da família Johnson.
Chegamos bem na hora do banho, com espuma, claro, e uma escova especial. Do banho para a manicure, com direito a uma lixa, alicate e cortador especiais.
Tai é atriz experiente. Trabalhou em 20 filmes menores. Cá entre nós, já é bem mais do que fez o astro Robert Pattinson. Talvez, por isso mesmo, tenha recebido quase o mesmo tratamento dado a todos os outros atores do filme.
A agenda da estrela está sempre cheia. Tai também faz desfiles, shows ao vivo e até participa de casamentos. O cachê? US$ 5 mil, mais ou menos R$ 8 mil por quatro horas de trabalho. Sobre quanto Tai ganhou pra fazer o filme, os treinadores desconversam. Preferem mostrar do que ela é capaz.
Tai veio da Tailândia e hoje vive com outros quatro animais, todos muito bem ensinados. Sabem direitinho quem está no comando, só pelo timbre da voz. É uma brincadeira com a voz do treinador. Ela só ouve os comandos do treinador.
O repórter tenta e não consegue nada. Tenta imitar a voz, mas também não funciona. Só no fim do dia, parece que dá certo. Será? O repórter comanda, a tromba sobe, mas revela que o treinador está ao lado.
Até o diretor do filme, Francis Lawrence, reconhece: Tai se saiu melhor do que os astros de Hollywood. As cenas dela, ele diz, ficavam prontas de primeira. Já as dos atores humanos sempre tinham de ser repetidas...
Reese, sorridente e simpática, não parece se incomodar com o charme da concorrente. Aliás, pelo contrário: diz que está com saudades da grandalhona e que contracenar com Tai foi mágico.
Já Robert Pattinson parecia estar sem muita paciência para entrevistas. O astro, que já tinha se metido em um triângulo amoroso na série “Crepúsculo”, agora repete a dose. O repórter pergunta se ele quer virar um especialista no assunto. Ele ri e diz que não havia percebido isso.
E Tai? É uma boa atriz? Pattinson responde: “Ela realmente é. Tem uma expressão facial incrível. No final ela já até me reconhecia, confiava em mim e chegava até a me seguir pelo set.”
Mas Christoph Waltz, que faz o dono do circo, o malvado do filme, faz questão de desmanchar toda essa fantasia em torno de Tai. Diz que ela não pode ser comparada com uma atriz e que as pessoas precisam entender que Tai é apenas um animal com o seu treinador.
Pode até ser, mas quem resiste? Antes de ir embora, o repórter propõe um desafio: será que Tai conseguiria dar um autografo? O treinador pede três minutos e, em seguida, sai o primeiro autógrafo da que hoje é, literalmente, a maior estrela de cinema dos Estados Unidos.
fonte:globo
0 comentários:
Postar um comentário