“Esqueça o Stallone. Tive uma experiência ótima. A cidade merece muito respeito e vou tratá-la desta forma”, disse o diretor Bill Condon, diretor de ‘Amanhecer’, quarto filme da saga ‘Crepúsculo’, ao responder sobre o tratamento que o Rio terá no longametragem.
A comparação que o cineasta fez ao brutamonte de ‘Rambo’ e outros filmes cheios de pancadaria e tiros era uma referência às declarações nada cordiais em relação à cidade, com direito a piadas grosseiras.
Condon e o produtor do filme, Gordon ‘Wyck’ Godfrey, falaram com jornalistas brasileiros por 15 minutos na tarde desta segunda-feira, no cinema Roxy, em Copacabana, zona sul do Rio.
Ambos elogiaram a segurança da cidade e desmentiram que pensaram na hipótese de trocar o Rio por Porto Rico por causa do tiroteio ocorrido há dois meses no Hotel Intercontinental , em São Conrado.
“Nós nos sentimos seguros aqui. Este foi o lugar que a escritora Stepheni Meyer imaginou para se passar a história quando escreveu, e aqui estamos”, disse o produtor.
O diretor do filme que causa frisson no público adolescente afirmou que gostaria de ser convidado para o Festival do Rio do ano que vem e disse que faz planos de voltar à cidade – o que, no caso de um cineasta acostumado a orçamentos e bilheterias milionárias, pode ser considerado um afago e tanto na cidade.
Condon, que tem no currículo dois filmes ganhadores de Oscars - ‘Dreamgirls’ e ‘Deusas e Monstros’ – disse que foram “questões estéticas” que trouxeram ‘Crepúsculo’ ao Rio. “Eu queria legitimidade nas paisagens da cidade. Evitei filmar em lugares clichês, que já foram muito filmados, e escolhi a Lapa, por exemplo, porque sei que é um local que os jovens da cidade verdadeiramente freqüentam.
Um casal jovem como Bella (Kristen Stewart) e o Edward (Robert Pattinson) gostariam de conhecer aquela região”, acredita.
Quando perguntados sobre os incidentes ocorridos na noite de domingo, quando moradores da região próxima às filmagens na Lapa alegaram ter sido impedidos de entrar em suas casas pelos vigilantes, os americanos silenciaram. O presidente da Rio Filme, Sérgio Sá Leitão se antecipou e respondeu: “As pessoas que estavam envolvidas na filmagem não tomaram conhecimento de nenhum problema na Lapa. O problema foi um caso isolado e foi solucionado em questão de minutos”, afirmou Sérgio. “O que ocorreu é que alguns moradores esqueceram que precisariam do comprovante de residência para entrar nas ruas que foram fechadas”, explicou.
Segundo Sá Leitão, o filme gerou para a cidade uma receita de 3 milhões de dólares somente no fim de semana.O cálculo considera empregos diretos e indiretos para profissionais de cinema e figurantes, aluguéis de bares e restaurantes na região da Lapa, hospedagem em hotéis e outros gastos. “O Rio de Janeiro já lidera o número de produções cinematográficas realizadas no Brasil, com 55,6% do mercado. Mas queremos ampliar esta liderança e ser os primeiros também na América Latina”, disse o presidente da Rio Filme.
fonte:veja
0 comentários:
Postar um comentário