O Omelete esteve no México a convite da Paramount para uma rodada de entrevistas de O Último Mestre do Ar.
Primeiro conversamos com M. Night Shyamalan sobre a adaptação do desenho da Nickelodeon (assista à entrevista aqui) e agora você acompanha o bate-papo que tivemos com Jackson Rathbone, o Sokka.
O ator fala da polêmica da escolha de atores ocidentais para viver os personagens asiáticos, do humor do filme versus o drama e dos interesses românticos de Sokka no desenho e no longa-metragem. Confira:
Olá Jackson, obrigado por vir.
Jackson Rathbone: Obrigado.
Primeiramente, gostaria de tirar o elefante da sala: set de Crepúsculo versus set do Último Mestre do Ar. Qual a diferença?
Acho que a maior diferença é que já estou fazendo os filmes de Crepúsculo há quase quatro anos. Sabe, cada vez que voltamos para rodar um novo filme da série é como uma reunião de família. É muito divertido. Tem mais maquiagem de manhã, e cabelo. Sabe, colocar aqueles olhos loucos. Mas é tão divertido poder voltar e continuar revivendo a história e progredindo com ela. Acho que Eclipse é meu favorito da série, até agora. E com este primeiro filme de O Último Mestre do Ar estamos tentando introduzir um novo mundo. É para ser uma trilogia. Então neste primeiro filme introduzimos esse mundo fantasioso. Esse reino da terra, do ar, água e fogo, e como a Nação do Fogo tomou o mundo inteiro, pelos últimos 100 anos. Então é definitivamente uma grande diferença. Em Eclipse eu interpreto um vampiro de 200 anos que está lutando contra seus instintos. E no Último Mestre do Ar eu interpreto um guerreiro de 17 anos que se torna um líder rebelde.
Você assistiu ao desenho?
Assisti. Eu era um grande fã de Cowboy Bebop, Fullmetal Alchemist e depois comecei a gostar de Avatar: The Last Airbender mais ou menos na mesma época. Mas descobri que ia virar um filme de fantasia live action, e então ouvi que M. Night ia adaptar e dirigir e foi isso que me convenceu. Eu queria muito fazer parte do filme.
No desenho, Sokka é meio o alívio cômico e você tem algumas cenas engraçadas no filme. Você acha que isso dá equilíbrio ou que era preciso ter mais humor?
Bem, originalmente quando eu recebi o roteiro havia mais algumas piadas no roteiro que não necessariamente entraram no filme. Mas Night e eu tivemos muitas reuniões e ensaios e conversamos sobre isso. Queríamos tornar a história mais realista. É um mundo de fantasia, mas queríamos mostrar que essas crianças estão em perigo, sempre prestes a morrer. Eles estão lutando por suas vidas, por sua crença, por suas nações. Então queríamos que isso crescesse. E ter muitas piadas, sempre aquele humor teatral e pastelão, prejucaria a história. Então nesse primeiro filme nós tiramos isso. Mas se conseguirmos fazer os próximos dois, podemos mostrar mais atitude. Podemos mostrar esses garotos mais seguros quanto a quem eles são. E eles viram a guerra e agora a Nação do Fogo está em fuga. Então esperamos entrar mais nisso conforme avançamos na história.
É preciso ser um pouco mais dramático nesse primeiro filme?
No primeiro filme, sim. Precisamos ser dramáticos e mostrar a seriedade do contexto. Eles estão lutando contra uma nação muito poderosa. São três garotos contra toda a Nação do Fogo.
Certo. E como foi trabalhar com o Shyamalan? Que tipo de instruções ele dá? Ele te deixa improvisar?
M. Night Shyamalan é um autor, ele controla todos os aspectos do filme. Então ele realmente gerencia a história e gerencia o set. Ele realmente coloca a mão em cada aspecto da filmagem, porque é a visão dele que está contando.
Uma coisa que perguntei para ele: não é fácil fazer um filme de guerra e Tai Chi Chuan, é?
Bem, não. Por causa da tela verde e toda a computação gráfica que é colocada na pós-produção, você vê só os personagens - e nada sai. Mas no filme você vê os personagens fazendo isso e saem bolas de fogo, que passam pelo quadro. E é tipo "uau!". É um sentimento bem diferente quando você está no set, porque tem que imaginar. Mas por isso que temos a melhor equipe de efeitos especiais do ramofazendo toda nossa computação gráfica. Usamos a ILM, que é a empresa do George Lucas. E o M é de magia, e realmente é magia, é incrível o que eles conseguem fazer.
Você sentiu falta de uns golpes? Porque você tem o bumerangue, mas não tem o poder de dobrar.
Bem, sim. Eu interpreto Sokka, que não tem habilidades especiais para se conectar com os elementos. Mas ele tem um bumerangue e uma sensibilidade de jovem guerreiro. Ele tem o amor para lutar por aquilo que ele acredita. E ele vai fazer qualquer coisa para derrotar a Nação do Fogo.
Quanto às controvérsias sobre o elenco, como você se sente sobre isso?
Acho que o processo de escolha de atores levou três anos, com os produtores e o diretor tentando encontrar os personagens certos. É sobre a essência de quem você é, não é sobre sua raça, de onde você vem no mundo. É sobre quem você é, sabe? Acho que essa é a questão importante, que todos devíamos perceber. A vida não é a cor da sua pele, mas quem você é por dentro. E originalmente eu fiz o teste para o Príncipe Zuko, e me reuni com M. Night por causa disso. Fui bem longe no processo, entrei pros finalistas para esse personagem. E eles escolheram Dev Patel. Nós temos um visual bem diferente, mas é uma questão da qualidade do ator, da pessoa. Então quando eu voltei, eles me chamaram para o personagem Sokka. Li com Nicola Peltz e nós tivemos essa dinâmica de irmão e irmã, desde o começo. Acho que era isso que eles estavam procurando.
Sobre as guerreiras Kyoshi, você filmou algumas cenas com elas que ficaram de fora?
É, filmamos algumas cenas com as guerreiras Kyoshi que ficaram de fora. Fiquei triste de não podermos vê-las, porque eram muito bonitas.
Eram cenas quem incluíam o segundo interesse romântico, ou não?
Havia uma dica disso, com as guerreiras Kyoshi, mas poderemos ver mais isso no segundo filme. Se pudermos fazê-lo. Então estou torcendo por isso.
Você pôde usar a maquiagem Kyoshi igual do desenho?
Não, era condensada um pouco além disso. Mas definitivamente vamos vê-las se filmarmos o segundo.
Certo, muito obrigado.
Valeu! Obrigado.
O Último Mestre do Ar já está em cartaz nos cinemas do Brasil.
fonte:omelete
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