A IndieLondon entrevistou Robert Pattinson sobre seu novo filme, Lembranças, e o que chamou atenção para seu personagem Tyler, os temas do filme e trabalhar com Pierce Brosnan como seu pai.
O que você gostou do roteiro quando você o leu?
Eu li toneladas de roteiros durante o verão, depois que eu fiz Crepúsculo – quer dizer centenas... e tudo parecia exatamente a mesma coisa. Esse era diferente na forma como o diálogo era escrito – parecia mais natural que a maioria. Tyler, como um personagem – parece que a maioria dos filmes que tem um homem jovem como protagonista tem que ser também virgem ou tem que aprender tudo durante o filme ou ele se desenvolve durante o filme e termina como uma pessoa diferente e tudo fica bem no final. Mas Tyler começa com uma grande bagagem e um personagem muito completo e desenvolvido e termina mudando de uma forma diferente, algo como: “oh, estou bem agora!” Você não vê muito isso nos filmes, especialmente personagens para atores jovens.
Como foi trabalhar com Pierce Brosnan como seu pai?
Eu nunca tinha pensado que alguém como Pierce poderia interpretar Charles. Eu acho que ele tem uma habilidade nata, assim que você o conhece você percebe que ele é muito, muito carismático. Charles, no roteiro, era uma pessoa muito dominante e negativa e Pierce, só sendo Pierce, pode mudar toda a dinâmica deste papel, o que contribuiu de forma muito interessante para esse relacionamento. Ele é uma pessoa muito agradável.
Você é muito doce com a garota que interpreta sua irmã. Parece um relacionamento muito natural. Diga como você conseguiu fazer parecer assim?
O que você gostou do roteiro quando você o leu?
Eu li toneladas de roteiros durante o verão, depois que eu fiz Crepúsculo – quer dizer centenas... e tudo parecia exatamente a mesma coisa. Esse era diferente na forma como o diálogo era escrito – parecia mais natural que a maioria. Tyler, como um personagem – parece que a maioria dos filmes que tem um homem jovem como protagonista tem que ser também virgem ou tem que aprender tudo durante o filme ou ele se desenvolve durante o filme e termina como uma pessoa diferente e tudo fica bem no final. Mas Tyler começa com uma grande bagagem e um personagem muito completo e desenvolvido e termina mudando de uma forma diferente, algo como: “oh, estou bem agora!” Você não vê muito isso nos filmes, especialmente personagens para atores jovens.
Como foi trabalhar com Pierce Brosnan como seu pai?
Eu nunca tinha pensado que alguém como Pierce poderia interpretar Charles. Eu acho que ele tem uma habilidade nata, assim que você o conhece você percebe que ele é muito, muito carismático. Charles, no roteiro, era uma pessoa muito dominante e negativa e Pierce, só sendo Pierce, pode mudar toda a dinâmica deste papel, o que contribuiu de forma muito interessante para esse relacionamento. Ele é uma pessoa muito agradável.
Você é muito doce com a garota que interpreta sua irmã. Parece um relacionamento muito natural. Diga como você conseguiu fazer parecer assim?
É tudo da Ruby Jerins, que interpreta a irmã. Eu não tenho irmãos mais novos... Eu tenho duas irmãs mais velhas. Eu meio que sempre quis irmãos mais novos – não que eu tenha nada contra minhas irmãs (risos). Mas ela é simplesmente uma das melhores atrizes que eu já trabalhei. Ela é surpreendentemente articulada com sua personagem. Quando eu a conheci, ela parecia uma criança muito normal então quanto mais ela falava sobre o desenvolvimento da sua personagem, ela podia falar sobre isso por horas. E ela também poderia improvisar por horas e era estava tão a vontade em frente às câmeras, trabalhando com adultos. Era muito fácil fazer qualquer coisa com ela. Você poderia só olhar para ela e saber o que fazer imediatamente.
Em que ponto você descobriu que poderia usar o poder do seu sucesso para ajudar a financiar filmes como esse? E que tipo de pressão existe para que você faça outras coisas que dão mais dinheiro, mas que o deixam menos satisfeito?
Eu nunca gosto de nada, então é bem fácil decidir o que fazer – mesmo filmes em que não atuo (risos)! Eu nunca senti nenhuma pressão para fazer qualquer coisa, particularmente. Mesmo quando estávamos filmando este filme, eu nunca pensava nas bilheterias... É só quando você começar a promover é que você é perguntado sobre essas coisas. Obviamente, não é como um filme de Crepúsculo, esse é um filme original e não se encaixa em nenhum gênero... Não se fazem mais filmes como esse. Eu acho que é mais ou menos como eu escolho as coisas. Esse é meu único critério. Se parece ter uma lacuna no mercado para alguma coisa eu tento e preencho esta lacuna. Eu vou tentar fazer assim com tudo que ainda está por vir.
Como foi com o sotaque de Nova York?
Eu acho que simplesmente veio do roteiro. Eu praticamente tenho a mesma voz desde a primeira vez que li o roteiro e assim continuou durante todo o filme. Às vezes, se você tem sorte, você simplesmente lê o roteiro e a voz vem naturalmente. Eu não estava muito consciente em fazer um sotaque de Nova York – Eu nem sei como é exatamente! Eu passei pouco tempo em Nova York e tentei perceber como as pessoas falam. Mas eu não sei como está meu sotaque agora – eu não diria que eu tenho mais um sotaque especifico inglês.
Sua personagem tem um amigo, Aiden, que se tornou muito importante para ele. Você tem alguém equivalente na vida real, um amigo homem? E sua irmã no filme vê você como um herói que a protege – você tem um herói?
Eu cresci com os mesmos amigos desde que eu tinha 12 anos. Eu tenho um grupo muito fechado de amigos. E quanto ao herói – Acho que sempre tive inveja disso. Eu cresci com pessoas que muitas outras pessoas consideravam heróis! E quanto a ter um herói, fora minha família, eu realmente não sei... São excelentes pessoas, meus pais são excelentes pais e eles me criaram muito bem. Eu acho que eles são os heróis que eu tive.
O quão importante é a reação de seus fãs a este filme, sendo tão diferente, um projeto menor que Crepúsculo?
Eu acho que isso é a coisa mais importante que se pode fazer, filmes como esse, que são muito difíceis. Fazer coisas como Crepúsculo e Lost dá uma publicidade imediata. Então, se as pessoas vão ver o filme... Quando chegam aos cinemas, então é quase inevitável que elas serão atraídos pelo filme, eu espero. Obviamente, eu espero que as pessoas gostem dos meus filmes, mas se você começa a fazer coisas para agradar uma determinada audiência, então você está na direção errada – porque você nunca vai conseguir agradar as pessoas ao decidir por elas, você nem sequer conhece estas pessoas que você está tentando agradar... Isso se intensifica se você está tentando agradar uma grande faixa de pessoas!
O que o atrai a personagens introspectivos e profundos como Tyler e Edward e você poderia fazer uma comédia?
Eu fiz coisas mais simples antes de Crepúsculo. Eu fiquei tão feliz por Crepúsculo ter trazido um personagem tão arquétipo, uma pessoa introspectiva. Eu nunca achei que Tyler é assim (introspectivo), para ser honesto! Eu nunca tinha sequer ouvido esta palavra antes de Crepúsculo. Eu acho que gosto de interpretar personagens mais problemáticos porque isso é mais interessante, particularmente porque eu não sou uma pessoa assim. É uma pessoa que é incrivelmente focada e muito confiante em si mesmo. Nada pode abalar sua confiança. Além disso, eu acho que tem alguma coisa leve sim. Não é que ele esteja realmente angustiado... A alegria é uma emoção universal, mas nos roteiros é muito difícil – se você está feliz, você está feliz.
Você pode dizer como foi a progressão da sua personagem – você sempre teve uma visão clara de como ia interpretá-lo?
Bem, o roteiro mudou muito ao longo de sete meses. Eu conversei muito com Nick e Alan (Coulter), o diretor, e os escritores Will e Jenny. Eu tentei costurar as coisas da forma em que eu estava interessado. O relacionamento com o pai mudou bastante... Porque eu pensei, quando você é um cara jovem, um de seus maiores medos é um medo irracional de seguir os passos de seu pai e viver a vida da mesma forma que ele.
Mesmo que seu pai seja um cara legal, você só quer sua independência em tudo e isso causa reações irracionais. Essa parte se desenvolveu de forma bastante diferente e específica do primeiro texto. Mas eu sempre me senti muito conectado ao roteiro. Outra coisa que me interessou muito foi como lidar com a dor. Tyler não lida com a dor de uma forma típica. Lidar com a tristeza é uma emoção nobre e a dor, quando você é novo, pode ser simples de muitas maneiras... E eu achei muito interessante como Tyler quer esquecer o seu passado.
Tyler é um jovem muito nervoso. Como você se preparou psicologicamente para as cenas de briga e você já esteve em uma briga?
Eu não tinha estado em uma briga por um longo tempo. Eu estou bem assustado agora. Eu acho que se eu entrasse em uma briga agora, eu diria: “Me mate!” Eu gosto muito do Tyler, sua rebeldia, sua audácia, porque é como se fosse uma fantasia para mim. Como: “Eu sou o tipo de cara que entra em brigas, entra nelas o tempo todo”. Eu não sou assim.
Como foi brigar com Chris Cooper?
Chris Cooper é inacreditavelmente forte... Ele é aterrorizante! Também, a briga que eu tive no início, foi com um dublê bem grande e eu batia em alguma coisa perto da sua cabeça e batia com o que eu achei que era minha força total. Sem querer eu bati no rosto dele quatro vezes e em todas elas eu dizia: “Desculpe, desculpe!” E ele dizia: “Tudo bem, não doeu”. Isso acabou com meu ego.
Quando um australiano e um britânico trabalham juntos, isso se transforma em um pano de fundo para um senso de humor peculiar?
No dia da audição, quando Emilie pegou a personagem, nós fomos para um bar depois e eu juro que Emilie, que é uma garota pequena, bebeu umas 24 cervejas e permaneceu sóbria como uma pedra! Eu pensei... Isso é diferente, isso é alguma coisa para o personagem!
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