Kristen Stewart surpreende em ‘Na Estrada’

A imagem de Kristen Stewart está diretamente associada à personagem Bella Swan de "A Saga Crepúsculo" e isso é inevitável porque foi o papel que a transformou numa estrela de Hollywood, e na atriz mais bem paga do momento.


O que muitos esquecem é de que Stewart já tinha uma filmografia com bons papéis antes de viver a humana apaixonada por um vampiro. Aos 11 anos, ela atuou ao lado de Jodie Foster e Forest Whitaker em "O Quarto do Pânico" (Panic Room - 2002) e não fez feio. 

Anos mais tarde, também se destacou em "Na Natureza Selvagem" (Into the Wild - 2007), sob a direção de Sean Penn. Ambos os filmes rodados e lançados antes de "Crepúsculo" (Twilight - 2008).

O problema é que o fenômeno "Crepúsculo" é tão avassalador que agora fica difícil dissociar a atriz de sua personagem. E pior, parece que Bella se faz presente em outras produções, como aconteceu em "Branca de Neve e o Caçador" (Snow White and the Huntsman - 2012). 

Não foram poucas as sequências que nos remeteram aos filmes da saga vampiresca porque, aparentemente, o diretor optou por explorar a atriz dessa maneira na tela. A atriz está bem no longa e seu esforço para ser Branca de Neve e não Bella é nítido, mas não foi suficiente para evitar algumas críticas negativas à ela e também ao filme.

Em "Na Estrada" (On the Road - 2012), baseado na obra "On the Road" de Jack Kerouac, que lançou as bases da geração Beat, Kristen Stewart está irreconhecível e pôde mostrar ao mundo seu talento com um papel mais ousado, o da adolescente Marylou. 

Mérito dela e do diretor Walter Salles. O filme é ótimo e a atuação de Stewart é um dos seus destaques. A atriz perde apenas para Garrett Hedlund, a melhor surpresa da produção, intérprete de Dean Moriarty.

A química da atriz com Garrett Hedlund é sensacional. Os dois estão muito bem em cena como um casal que vive num mundo regado a muito sexo, álcool e drogas, prezando por total liberdade na cama e também fora dela.

O nome da atriz foi cogitado para o papel bem antes de ela se tornar ídolo adolescente. Seu nome surgiu nesse projeto depois que Gustavo Santaolalla e o Alejandro González Iñárritu assistiram ao primeiro corte de "Na Natureza Selvagem" (Into the Wild - 2007), dirigido por Sean Penn. Os dois ficaram impressionados com o desempenho da atriz e a indicaram para Walter Salles. "Eles falaram: ‘olha, pro personagem da Marylou tem uma menina de 16 anos no filme do Sean Penn que você deveria ver porque tem algo bastante excepcional nela’. E eu me lembro que escrevi o nome da Kristen Stewart para não esquecer porque era a primeira vez que ouvia o nome dela", contou o diretor em recente entrevista.

É necessário ressaltar que tanto Kristen Stewart, quanto Garrett Hedlund, estavam totalmente comprometidos com o projeto, mesmo quando não havia previsão para que saísse do papel. "Vi o filme de Penn, encontrei Kristen e ela me disse que ‘On the Road’ era seu livro de cabeceira. Tudo isso aconteceu antes que começasse a loucura de ‘Crepúsculo’. Ela permaneceu fiel ao filme durante todos esses anos de incerteza. Quanto a Garrett, ele veio fazer um teste e pediu para ler um texto que havia escrito no ônibus, entre Minnesota e Los Angeles. Na metade da leitura, eu estava convencido de que ele era Dean. Ele também esperou anos. Recebia outras propostas e sempre me perguntava se devia aceitar ou não. Uma amizade se construiu nessa confiança mútua, como tinha acontecido com Gael García Bernal", disse Salles.

"Na Estrada" conseguiu arrancar de Stewart seu melhor desempenho nas telas. É um trabalho bem ousado e incrível, no qual a atriz mergulhou de cabeça para dar vida à Marylou e deixar Bella Swan para trás - lembrando que este ano ainda será lançado o tão aguardado final da franquia, "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2" (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2 - 2012) .

fonte:srzd

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