Entrevista com Tyson Houseman

O site The Film Yap entrevistou o ator Tyson Houseman e ele falou sobre como são retratados os nativos americanos e também sobre encontrar pessoas que pensam que ele é um lobo.

A maioria dos atores lutam desesperadamente no início de suas carreiras, com um trabalho após o outro na esperança de atingir o grande momento. Não foi assim que ocorreu com Tyson Houseman, que já em sua primeira audição conseguiu o papel de Quill Ateara, um dos melhores amigos de Jacob Black (Taylor Lautner) em Lua Nova da saga Crepúsculo.
Ele é uma das estrelas da sequência Eclipse, que será lançado em junho deste ano, e Houseman está no topo do mundo.
Ele levou apenas um momento para sentar com o The Film Yap para falar sobre o papel, como são retratados os nativos americanos e encontrar pessoas que pensam que ele é um lobo.

The Yap: Olá Tyson, como você está?

TH: Bem, e você?

The Yap: ótimo, obrigado. Então, como você chegou nesse fenômeno Crepúsculo?



TH: Lua Nova foi o primeiro filme que fiz, e a primeira audição em que estive. Lembro que estava olhando na internet procurando por um trabalho em Craiglist, quando vi uma chamada aberta para audições em um grande filme e pedia por um americano nativo com idade entre 15 e 25 anos, sequer dizia que era para Crepúsculo. Pensei “me encaixo na descrição, vou dar uma olhada”. Então fui lá, não havia uma linha de chamada para as audições com 4 ou 5 cenas, estava apenas preenchido com Crepúsculo, com livros, camisetas e tudo mais, daí eu pensei “sim, provavelmente é um dos filmes da saga”. Eu realmente não esperava conseguir nada disso, mas fui e fiquei durante todo o dia dos testes, eles me filmaram no final do dia em apenas 1 cena, restando apenas 5 de nós. Na semana seguinte me disseram que tinha um retorno, fui e fiz o retorno, uma semana depois eles me ligaram e disseram que eu havia conseguido o papel.

The Yap: Então, você estava percorrendo por fora. Quase uma realização. Você tem apenas experiência com teatro, certo?

TH: Sim, apenas peças da escola e coisas assim.

The Yap: Uau, então eles o descobrirão do nada. Você teve alguma dificuldade para se ajustar a esta fama repentina? Você não está exatamente começando com filmes independentes, está pulando direto para as franquias.

TH: Não muito. É como um grande lote pra segurar de primeira. Mas você está certo, esse grande fenômeno, é difícil pra mim lidar com isso. Só tinha que dizer pra mim mesmo, “sim isso é um loucura”, mas eu acho que sou a mesma pessoa de um ano atrás. Eu ainda sou o Tyson, pessoalmente não estou mudado de qualquer maneira. Estou permanecendo o mesmo. Mas há outra coisa muito boa, estou encontrando muitas pessoas legais. Todos os fãs são muito bacanas e apaixonados por isso.

The Yap: Você já teve alguma experiência estranha? Como multidão de jovens, ou pessoas estranhas muito próximas?

TH: Na verdade, não foi bem uma experiência estranha, louca ou coisa parecida, mas tinha uma mulher, ela parecia ter 70 ou 80 anos, e ela veio até mim e disse “você é Quill Ateara de Lua Nova?” Foi bem engraçado. Você espera que as fãs sejam meninas de 13 anos, mas elas se estendem por todas as idades.

The Yap: Algo que quero perguntar rapidamente: sobre os americanos nativos. Como você sente que a saga Crepúsculo os retrata? Você acha que é de maneira adequada e respeitosa?

TH: Não sei. Eu gosto da maneira como eles são retratados. São retratados de maneira bem precisa e muito respeitosa. Eu gosto da idéia colocada sobre as tradições e histórias, e as idéias do surgimento dos lobos. É muito legal como isso é apresentado. Mas apenas o estilo de vida como um todo é colocado no filme e nos livros com precisão, estou realmente orgulhoso por fazer parte.

The Yap: Falando do seu personagem em particular, você constrói lentamente para se tornar uma presença mais regular. Você pode-me dizer sobre como isso lhe ajudou?

TH:Sim. Havia uma série de semelhanças entre o que estava acontecendo comigo e o personagem. Eu só tinha um dia de filmagem de “Lua Nova”, mas eu era amigo de todos os outros caras que fazem lobos, porque nós trabalhamos muito juntos. Então foi muito legal. O próprio personagem, ele foi o último a se transformar em lobo, então ele se sentia muito por fora. Eles não falavam muito com ele. Mas quando ele se transforma em lobo fica feliz por ter todos os amigos de volta. Sempre ouvi essas histórias de “Lua Nova”, de todos os divertimentos que eles tinham, e de como se sentiam em ser deixados pra trás. Então foi bem legal em “Eclipse”, quando eu sou lobo e posso sair com todos os caras novamente. Realmente me senti parecido com o personagem.

The Yap: Seu personagem é um dos melhores amigos de Jacob, desta forma, suponho que você ficou bastante tempo em companhia de Taylor Lautner, e agora que ele é.....eu não quero dizer um ídolo teen. Meu primeiro pensamento foi um símbolo sexual, mas também não é isso que quero dizer.

TH: risos

The Yap: Risos....de qualquer maneira, é algo que aconteceu com todos, ou apenas mais com ele?

TH: Acho que por ser um cara mais musculoso, afetou a ele mais do que a nós, mas ainda podemos ver que ele está lá. Eu sinto as vezes que me tornei um símbolo. Há muitos que vêm até mim e não me vêem como sou. Vão pensar que meu nome é Quill, que eu sou o personagem, eu já vi algumas meninas mais jovens com medo de vir até mim por pensarem que sou um lobo ou algo parecido. É estranho pensar nisso, que você é um símbolo que reflete o personagem. Mas ainda assim é legal. Principalmente para os fãs, o que é bom.

The Yap: Há alguma coisa em torno do seu personagem e mais tarde no de Jacob, que é a questão do imprinting com crianças. Não é tão estranho e assustador como poderia ser. Como você vê como isto é tratado durante a saga?

TH: Eu acho que eles estão lidando com isso muito bem. Há muitas maneiras de como poderia ser assustador ou mal interpretada. Recebo piadas o tempo todo sobre como eu amos as crianças ou algo parecido. Mas é muito bem escrita a maneira como eles explicam nos livros e traduz isto nos filmes também. A coisa toda do imprinting, você terá uma boa idéia do que significa e como ele vê a criança no filme. É realmente excelente.

Th Yap: Qual é a melhor e a pior parte de estar envolvido nesta franquia?

TH: A melhor parte é que é um grande momento. Todo mundo é simpático e agradável. Eu e o resto dos caras (que são lobos) somos realmente amigos, por isso é bom irmos a essas convenções juntos, e ver uns aos outros o tempo todo, nós começamos a trabalhar juntos, e virão outros filmes que você trabalha com outros atores, e fica difícil de vê-los depois. Mas, quase todos os meses, eu consigo ver eles nas convenções de Crepúsculo ou coisas assim. Portanto é bem legal.

The Yap: E a pior parte?

TH: Pior parte???

The Yap: Ou a coisa mais difícil, se quiser pensar desta maneira.

TH: Bom, acho que é o número de pessoas que reconhecem agora, é meio difícil ir as compras ou algo parecido
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