Peter Facinelli: Falando o Inglês do Queens


Peter Facinelli tinha paixão e determinação plena mas não tinha habilidade quando, com um forte sotaque igual ao ‘Meu Primo Vinny’ ele foi para a NYU e se lançou na carreira de ator. Agora como parte do elenco de “Nurse Jackie” exibido pela Showtime e liderando o clã dos Cullen na Saga “Crepúsculo” – seu próximo filme, “Lua Nova,’ estréia dia 20 de Novembro – Facinelli é um ator ativo conhecido mundialmente, com um currículo extenso de filmes e programas de TV.

Ele conversou com Eric Estrin sobre como ele perdeu seu sotaque do Queens, o valor de não ter um plano B, e a troca de Dick Wolf.

Quando eu estava na terceira série, estava na lrivraria da escola e peguei um livro de foto-biografia de Robert Redford. Comecei a ler sobre ele e seus trabalhos, ai pensei, “Esse é um trabalho divertido de se fazer.”

Logo depois eu assisti “Butch Cassidy and the Sundance Kid,” e pensei, “É isso que eu quero fazer.”

Então quando fiquei mais velho, disse aos meus pais que eu queria ser ator, mas para eles foi como se eu tivesse dito que queria ir à Marte. Ele meio que riram do meu desejo. Quando me perguntaram de novo, eu disse que queria ser advogado, porque recebi vários ‘oohs’ e ‘aahs’ da minha família.

Durante muito tempo eu me convenci que queria ser advogado. Nunca atuei em nenhuma peça no Ensino Médio. Na verdade eu era meio tímido.

E então estudei durante um ano na Universidade St. John, fazendo pré-direito, e comecei a fazer um curso de atuação para iniciantes e amei.

Eu lembro que tinha uma criança na turma e ele disse, “Isso é divertido, mas quais são as chances de nós realmente nos tornarmos atores?” Eu meio que fiquei furioso com o que ele disse, e foi quando eu decidi que seria ator e disse, “Eu não me importo se demorar seis anos para começar a conseguir emprego.” Eu estava tão apaixonado com a idéia de realmente fazer isso, e eu não gostei do fato daquele garoto dizer que nós não conseguiríamos.

Eu conhecia um agente que era, de certa forma, parte de um grupo de amigos, Mark Amitin. Mark me colocou na direção certa. Com seu conselho, pedi transferência para a NYC para estudar atuação.

Durante um ano inteiro trabalhei em algumas coisas e provavelmente fui muito mal em minhas atuações. Toda vez que eu saia do local, eu tinha essa sensação boa, tipo que eu estava fazendo o que eu realmente queria fazer, e estava muito animado com o fato de conseguir atuar. Recebia um retorno muito ruim, mas por algum motivo, meu agente ficou ao meu lado.

Acho que eu tinha um instinto natural, mas quando eu comecei foi muito difícil. Eu também tinha um sotaque Nova Iorquino muito forte naquela época. Eu era como o “Meu Primo Vinny,” então isso me limitava, mas você sabe, NYU arrancou isso de mim.

Quando você estuda atuação, você estuda todas as ferramentas de que necessita. Eu tinha aulas de discurso, aulas de voz, aulas de movimentação do corpo, aulas para treinar atuação. Você lê peças...

Quando você começa, você tem suas características específicas, e o que eles fazem é, eles te neutralizam, para quando você sair, se você começar em uma posição neutra você pode interpretar qualquer personagem.

Então eu continuei treinando e estudando e então consegui participar de um episódio de “Law & Order” e tive duas semanas de folga da faculdade para fazer o trabalho.

Depois disso, Dick Wolf gostou da minha atuação, então ele me colocou na lista de participação especial de uma série curta que ele chamava de “The Wright Verdict,” e fiquei mais duas semanas sem ir à Faculdade para filmar. Fiquei por volta de um mês sem estudar e percebi que era tarde demais para fazer o semestre, então pensei em largar e voltar no próximo.

Mas ai fui escalado para outro trabalho, e nunca mais voltei, fiz apenas 15 créditos.

As pessoas sempre me pedem conselho sobre a carreira de ator e eu digo, “Não tenha um plano B, porque você irá usá-lo.” Eu não tinha um plano B. Tinha feito só 15 créditos na faculdade, então no meu caso era afundar ou nadar.
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